quarta-feira, 16 de novembro de 2011

SAUDOSOS SORRISOS...


Sempre disse que precisava dormir para ter boas ideias, pensamentos interessantes. As vezes acordava no meio da noite com uma possível aula ou tema para questão de prova (parece loucura talvez seja loucura, mas que não o é?). Mas essa noite está passando diferente das outras, as ideias surgiram entre a necessidade do sono e a busca por uma foto bonita (sinto falta das minhas madeixas vermelhas).

Os dias tem passado de uma forma estranha, me sinto numa eterna TPM, passo por todos os humores em questão de 60 minutos, tristeza, amor, raiva, ciúme. Se não durasse tanto tempo, com certeza acharia que é uma tensão daquelas que livra uma mulher de um assassinato.
Hoje, procurando uma coisa encontrei outra, bem, na realidade, outros. Eram milhares, tantos que me perguntei como nunca tinha reparado que ele estavam ali. Aqueles sorrisos, dentes a mostra, olhos formando arcos, as maçãs do rosto levantadas, bocas de todos os formatos, foi tão intenso, que tenho certeza que consegui ouvir aquelas risadas maravilhosas.

Sou uma pessoa observadora e se tem um coisa que conheço são os sorrisos daqueles que me fazem feliz, e quando me deparei com eles senti um estalo, era isso que faltava, os sorrisos, as risadas e as gargalhadas, como me faz falta aquele sabor estranho da intimidade e da convivência, um gosto meio agridoce, se provado em excesso se torna enjoativo, mas se for na medida certa, nos proporciona momentos únicos.

Saudade, esse era o sentimento que me causou essa TPM fora de época. Saudade deles, os donos das melhores risadas... meus amigos.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

DESCOBERTAS DE UMA VIDA CÍCLICA...


Esses dias de solidão opcional me levaram a grandes descobertas, como o sentimento de pertencimento, na realidade, o de NÃO-pertencimento.
Sempre achei que por ter vivido algo, as pessoas ou os objetos daquele momento me pertenciam, jamais iriam embora ou me esqueceriam, mas hoje entendi que a vida é cíclica. As mudanças sempre foram constantes em minha vida, as pessoas iam e vinham, os momentos acabavam e outros surgiam em seus lugares, mas nunca me dei conta do final dos ciclos, de como as pessoas seguem em frente.
Quando perdi grandes amores me questionei sobre como conseguiria transpor aquela dor e pensava nas pessoas que já tinham sentido a mesma dor e continuavam vivas, levando a vida.
Hoje o estalo foi alto, finalmente compreendi o que tanto estudei sobre o fim dos ciclos históricos, pois ler sobre algo é muito simples, mas entender a grandeza é uma tarefa apenas para os que prestam atenção de verdade (e acho que nos últimos anos não prestei atenção em muitas coisas).
Encerrei muitas histórias esse ano, descobri novas angústias com o fim delas, mas consegui, finalizei meu maior ciclo e consegui ver o horizonte imenso que me aguardava. Novas oportunidades, novas pessoas e até mesmo os antigos amores se renovaram.
Seria mentiroso de minha parte dizer que não sinto falta do que passou, mas vejo tudo de uma nova perspectiva, sei que tudo termina por um motivo, não adianta se lamentar, mas sei também que ao final sempre existe um novo começo.
Acho maravilhoso não saber o que está por vir, ter lembranças de ser amada, de ter amado, ter amigos, mas o mais maravilhoso de tudo é saber que vivi tudo, mas que ainda tenho muito o que viver. Aquelas pessoas, aqueles lugares serão meus em minha memória, num passado lindo, são a minha herança para as novas personagens daquela vida que vivi plenamente.
Amei, senti, chorei e agora sigo em frente para mais uma aventura em busca de novas lembranças e de novos não-pertencimentos.
E assim continuamos, encerrando os ciclos como sol faz com as tardes, e renovando como o mesmo faz com as manhãs.