quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O QUARTETO...


As mudanças são necessárias no nosso dia-a-dia, mas nem sempre as aceitamos da melhor forma. Ao me deparar com algumas mudanças que já ocorrem há algum tempo, percebi que as ignorei, cada transformação, pois era mais fácil fingir que tudo funcionava como antes.
Por favor, não me compreendam mal, mudanças não são nocivas, não é isso, é bom mudar, mostra que estamos crescendo de alguma forma.
Após passar 20 dias longe de casa e de tudo o que me protegia, compreendi que a música da Elis que diz "viver é melhor que sonhar" se encaixa com meu novo eu, mas também com o novo eu de três pessoas que ajudaram a construir cada centímetro do sou ou de minha transformação diária
Pensei em escrever mais uma vez sobre saudades, mas ao ver a alegria naqueles conhecidos olhos, encontrei uma nova compreensão para meus sentimentos. Descobri que mesmo com as distâncias impostas pela vida, eles são uma parte única de mim.
Lembro do dia em que os conheci, consigo sentir o cheiro que as árvores do campus exalavam durante o verão. Os primeiros contatos foram estranhos, sentimos algo diferente no ar. Num piscar de olhos estávamos juntos brigando por nossos ideais, pelo nosso espaço, pela nossa amizade e um pelo outro.
Eles foram meus super heróis, me salvaram diariamente, ensinaram como seguir em frente, como ser forte, como conquistar o mundo.
Hoje, ao olhar nossas fotos, percebo que somos os mesmos, o quarteto fantástico, porém mais confiantes, vivendo tudo o que sonhamos.
Levarei o coração deles dentro do meu pro resto da vida, numa tentativa de proteção para que ninguém possa machucá-los, mesmo com um oceano nos dividindo ou apenas a vivência de sonhos nos distanciando, os terei ao meu lado pela eternidade.
Obrigada pela amizade, pelos bons momentos, sem vocês eu estaria inacabada.


"I'll be there for you"

domingo, 2 de janeiro de 2011

SONHOS...




Acordei assustada, uma dor no peito, olhei no relógio, já era madrugada. Por alguns minutos pensei que o tivesse perdido, busquei em meus pensamentos suas palavras, aquelas que formaram o que sou. Exitei. Pensei. Tive vontade de chorar. Será que aquela tinha sido a última vez que eu tinha o visto?
Fechei meus olhos, obriguei as lágrimas a ficar. Remexi minhas lembranças por mais algum tempo. Me lembrei das cores, pela primeira vez eu que tinha sido a professora, o fiz repetir muitas vezes as cores que me encantaram na infância, que um dia ele me ensinou como falá-las e que hoje eu o ensinava.
Mais uma tentativa. Fechei os olhos novamente. Tentei desviar minha mente para o ambiente que estava, nas coisas e pessoas que eu havia conhecido. Nada. Relembrei. A malha amarela. Quando ele a usava parecia um príncipe encantado, era o príncipe dos meus contos de fada, me sentia pequena ao seu lado, porém me sentia uma gigante perante seu olhar admirado quando eu aprendia algo novo e lhe contava.
Desisti. Impossível lutar contra lembranças tão brilhantes. Resolvi escrever e aguardar o sono chegar.
Mas sobre o que escrever. Pensei mais um pouco. É claro, vou escrever sobre ele, o homem da minha vida.
Hoje vejo um vazio em seus olhos que jamais vi. Seu olhar era único, brilhante, profundo, forte e apaixonante. Escrevi. Pensei. Sou humana, não consigo aceitar os fatos da vida, mas tem coisas que não se pode adiar.
Fechei meus olhos. Sonhei.