domingo, 2 de janeiro de 2011

SONHOS...




Acordei assustada, uma dor no peito, olhei no relógio, já era madrugada. Por alguns minutos pensei que o tivesse perdido, busquei em meus pensamentos suas palavras, aquelas que formaram o que sou. Exitei. Pensei. Tive vontade de chorar. Será que aquela tinha sido a última vez que eu tinha o visto?
Fechei meus olhos, obriguei as lágrimas a ficar. Remexi minhas lembranças por mais algum tempo. Me lembrei das cores, pela primeira vez eu que tinha sido a professora, o fiz repetir muitas vezes as cores que me encantaram na infância, que um dia ele me ensinou como falá-las e que hoje eu o ensinava.
Mais uma tentativa. Fechei os olhos novamente. Tentei desviar minha mente para o ambiente que estava, nas coisas e pessoas que eu havia conhecido. Nada. Relembrei. A malha amarela. Quando ele a usava parecia um príncipe encantado, era o príncipe dos meus contos de fada, me sentia pequena ao seu lado, porém me sentia uma gigante perante seu olhar admirado quando eu aprendia algo novo e lhe contava.
Desisti. Impossível lutar contra lembranças tão brilhantes. Resolvi escrever e aguardar o sono chegar.
Mas sobre o que escrever. Pensei mais um pouco. É claro, vou escrever sobre ele, o homem da minha vida.
Hoje vejo um vazio em seus olhos que jamais vi. Seu olhar era único, brilhante, profundo, forte e apaixonante. Escrevi. Pensei. Sou humana, não consigo aceitar os fatos da vida, mas tem coisas que não se pode adiar.
Fechei meus olhos. Sonhei.

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