quinta-feira, 19 de agosto de 2010

COMPARAÇÕES INCOMPARÁVEIS...


Acho que todos conhecem aquela música que diz assim " minha dor é perceber/que apesar de termos/feito tudo o que fizemos/ainda somos os mesmos/e vivemos/ainda somos os mesmos/e vivemos/ como nossos pais". Vendo umas fotos que tirei no final de semana pensei muito nessa música e nos meus maiores medos, entre eles ser parecida com meus pais.
Nunca gostei de comparações do tipo, "nossa, mas como ela está parecida com a mãe" ou "é a cara do pai", afinal, eu sou eu, não quero ser parecida com alguém, quero ser única.
Sempre fui muito critica, sempre questionei os posicionamento dos meus pais perante a vida, só que viver de criticas é muito fácil. Questionar sem aceitar questionamentos é mais fácil ainda.
Sei que parece crueldade, mas quem nunca teve medo de cometer os mesmo erros que os pais que me atire a primeira pedra. Sou um ser humano, dotada de dúvidas, erros e medos. Porém, sou dotada também de momentos de clareza pessoal.
Em um desses momentos de clareza pensei no tamanho do peso de ser um modelo, afinal os pais são modelos, não importando se vamos segui-los ou não. Eu, como professora, deveria saber bem disso, sou modelo também, formo opiniões, por mais que em alguns momentos essas opiniões sejam adversas.
Depois de muito refletir percebi que não tem como fugir do destino, sou produto dos meus pais, sou o que eles são, claro que de uma forma diferenciada, mas sou isso.
Sou uma mistura muito interessante de Cleber e Aninha, sou diversão e mal humor, prepotência e humildade, carência e auto-suficiência, sou tudo e nada, sou eles e sou eu, mas sou algo único.
Então se sou única por ser um produto da soma deles, não tenho o que temer, posso sentir orgulho de ouvir coisas do tipo "sua voz é igual a da sua mãe", afinal nada me acalma mais (em alguns momentos, é claro) do que ouvir minha mãe falando besteiras do outro lado da linha, ou " você é muito parecida com seu pai, olha, o rosto é igualzinho", devo agradecer, pois quantas pessoas não tem uma referência de visual de que vai envelhecer bem.
Acho que consegui substituir alguns pensamentos amargos por lembranças doces, suaves. Ao invés de ter medo, fico feliz por ser produto de pessoas tão diferentes em todos os sentidos, afinal ser único é aceitar que o outro constrói a nossa unidade.
Bom, vou parar por aqui, afinal acho que cheguei no meu limite de pensamentos sem sentido e sem parágrafos.

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